quarta-feira, 13 de maio de 2009

Entrevista a Juliet Marillier (Parte 2)

www.lydoeopinado.blogspot.com

8º - As suas personagens reflectem pessoas que conhece ou são totalmente produto da sua imaginação?

Eu penso que todos os escritores usam recursos de pessoas que conhecem, quando estão a criar personagens. A origem dos recursos de toda a ficção é a experiência pessoal do autor. Contudo, eu não baseio personagens em pessoas que conheço – elas são sempre uma mistura.

9º - E a sua criatividade para escrever as histórias? De onde vem a sua imaginação? Alguma vez se baseou em algo que lhe aconteceu?
Isto é extremamente difícil de responder. Não sei se as pessoas nascem com uma imaginação fértil, se a desenvolvem durante o seu crescimento, ou talvez um pouco de ambas as coisas. Eu fui certamente influenciada pelos livros e pelas histórias de que vivi rodeada, e fui encorajada pelos meus pais a ler e a escrever.
Certas vezes uso a minha experiência pessoal, os meus medos, erros e desejos para os livros. Por exemplo, quando a Paula está na sua missão n’O Segredo de Cibele, eu dei-lhe alguns desafios que representam os meus piores medos (passar por uma inconstante ponte suspensa, e estar debaixo do chão na total escuridão).

10 – A Juliet é uma escritora regrada?
Tenho um bem organizado dia de trabalho, com um horário baseado à volta dos passeios e das refeições dos meus animais! Normalmente sigo o mesmo horário todos os dias, mas certas vezes eu uso a tempo a escrever o novo livro, e outras a melhorá-lo, a responder a emails e a cartas, trabalhar nas minhas contas, e uma série de outras tarefas que fazem parte do trabalho de um escritor profissional.

11º - Ouve música enquanto escreve? Quais são os seus cantores favoritos?
Normalmente enquanto estou a escrever prefiro o silêncio, e se quiser ouvir alguma coisa a minha escolha vai recair em algo estritamente intrumental, porque as letras das músicas distraem-me. Cantores favoritos: eu gosto de Loreena McKennitt, de Karen Capercaillie, Runrig e Solas. Mais perto da parte do mundo em que estão, também gosto da música de Carlos Nunez e do grupo Luar na Lubre.

12º - Recentemente escreveu “Heir to Sevenwaters – O Herdeiro de Sevenwaters” (que será publicado em português a 8 de Maio). Foi para si uma boa experiência regressar às personagens e aos cenários da trilogia que tanta gente encantou?
Eu gostei muito de escrever “O Herdeiro de Sevenwaters”. Não tinha a certeza de como me sentiria acerca de voltar àquele mundo e àquelas personagens, mas assim que comecei tudo decorreu de forma muito natural.

13º - Entre os livros que escreveu, tem algum favorito? E, de todos os livros que já escreveu, pode sugerir um deles para alguém que queira começar a ler a sua obra?
Escolher um favorito é difícil, porque gosto de cada livro por diferentes razões. Eu penso que é um empate entre “O Filho das Sombras” e “O Poço das Sombras”. “O Filho das Sombras” porque eu adorei criar o bando de guerreiros fora-da-lei de Bran, e “O Poço das Sombras” porque penso que contém a minha melhor e mais madura história de amor.
Por que livro começar? Ou “A Filha da Floresta”, ou “O Filho de Thor”, ou ainda “Danças na Floresta” – dependendo de cada leitor.

14º - Está a ler algum livro actualmente?
Estou prestes a começar “Revelation”, de C.J.Sansom. Os seus livros são fantásticos! São romances históricos e policiais, passados no tempo de Henrique VIII. E Samson faz com que esse período da história pareça regressar.

www.lydoeopinado.blogspot.com
Comente a segunda parte da entrevista no blog principal do Lydo e Opinado!